Não é de hoje que o assunto programas de qualidade de vida no trabalho lidera a preocupação de colaboradores e empregadores.
Em uma pesquisa recente feita pela Sodexo, constatou-se que 54% dos brasileiros estão satisfeitos com seus trabalhos. Ou seja, ainda é preciso pensar em formas de tornar a rotina profissional mais leve, prazerosa e equilibrada.
Já o estudo da OMS mostrou que 9% da população brasileira sofre com ansiedade e essa estatística só aumentou após a pandemia. Não é à toa que outra pesquisa, feita pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, mostrou que 70% dos profissionais querem continuar no home office. Por que será?
Em trabalho remoto, as pessoas ganham mais tempo para a vida pessoal. Afinal, o tempo de deslocamento para o emprego e a flexibilidade de horários são fatores preciosos que muitos não querem abrir mão.
Ou seja, a prioridade atual tem sido cada vez mais o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. E as empresas têm responsabilidade social para com seus colaboradores em promover a saúde física e mental de todos que possuem vínculo trabalhistas com elas.
Para que você possa implementar programas de qualidade de vida no trabalho com sucesso e eficiência, continue a leitura e veja exemplos práticos de como implantar essa questão na cultura organizacional.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde das pessoas deve ser compreendida como:
“um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade.” (OMS, 2006, p. 25)
Logo, os programas de qualidade de vida no trabalho (QVT) visam exatamente isso: a saúde física, mental e emocional do colaborador para que ele desenvolva seu trabalho a pleno vapor, sem precisar se desgastar diariamente.
A qualidade de vida na organização é intrinsecamente ligada a um ambiente corporativo leve e saudável, estimulando o engajamento e a satisfação de todos. E isso tudo está relacionado às funções da equipe de Recursos Humanos.
Mas, qual a importância da qualidade de vida no trabalho? Os programas voltados a QVT envolvem diversos fatores e podem ser adaptados de acordo com a cultura organizacional, as necessidades dos profissionais e o porte da companhia. Mas, em geral, eles oferecem benefícios incomensuráveis. Confira alguns:
Depois de entender o que é e a importância da qualidade de vida no trabalho, vamos às dicas práticas!
Mas, primeiramente, temos que destacar algo muito importante: os programas de qualidade de vida no trabalho precisam ter continuidade, causar mudança positiva na cultura organizacional e respeitar as diferenças e a diversidade cultural.
Para entender melhor como montar um programa de qualidade de vida no trabalho, veja as sugestões a seguir.
A equipe de gestão de pessoas precisa ouvir as necessidades do público interno e realizar um diagnóstico da saúde de todos os funcionários. Assim, ela conseguirá compreender pontos em comum e ainda estimular a adesão aos programas de qualidade de vida no trabalho.
Após realizar a avaliação inicial e pedir sugestões do que pode ser implementado aos colaboradores, é hora de analisar as prioridades, de acordo com as possibilidades financeiras da empresa, é claro.
Separe ações e programas que podem ser realizados a curto, médio e longo prazo.
Depois, é hora de definir quais políticas e programas podem ser realmente estabelecidos na organização.
É importante pensar em periodicidade, as formas de incentivo que serão enviadas aos funcionários, o orçamento da organização, as necessidades e demandas internas e os prazos e a duração de cada ação.
As estratégias de incentivo são essenciais para que todos entendam a importância dos programas de qualidade de vida no trabalho e possam aderir aos programas implementados.
Avalie a taxa de adesão e os resultados obtidos com as ações e atividades oferecidas. Esse processo deve ser contínuo para entender o que está dando certo ou precisa ser ajustado.
Dessa forma, a empresa não joga dinheiro fora investindo em algo que não faz sentido internamente e os colaboradores não perdem tempo com atividades que podem gerar frustração.
Empresas que tem programa de qualidade de vida no trabalho são muito bem-vistas pelo mercado. Afinal, quem não quer trabalhar em um local que pense na saúde física e mental dos profissionais?
Vamos então a alguns exemplos de qualidade de vida no trabalho e sugestões de atividades e ações.
Já se sabe muito bem os benefícios físicos, mentais e emocionais que a prática regular de exercícios causam no organismo.
Há diversas formas de oferecer opções para os colaboradores:
Outra forma de adotar uma política de qualidade de vida é por meio de atividades focadas em bem-estar. Elas vão muito além de um corpo relaxado: também promovem bem-estar mental e emocional.
Algumas opções são aulas de yoga e meditação, shiatsu ou quick massage.
A alimentação saudável é a base de qualquer programa de qualidade de vida no trabalho. Quem se alimenta bem, geralmente tem mais saúde, disposição e bem-estar.
A ideia aqui é unir a fala com a atitude. Vai ter coffee break ou eventos prolongados? Peça quitutes mais saudáveis. Hora do almoço? Faça parcerias com restaurantes com cardápio mais balanceado. O restaurante fica dentro da empresa? Adapte o menu.
Além disso, pode-se promover palestras de nutricionistas e médicos e cartilhas com dicas de como montar um prato balanceado, por exemplo.
De acordo com a pesquisa citada acima, realizada pela OMS, o Brasil é um dos países com maior número de pessoas com ansiedade, depressão e estresse. Por isso esse é um dos tipos de programas mais importante a ser desenvolvido.
Workshops, informativos, eventos com psicólogos e até parceria com alguns profissionais da área são interessantes em oferecer.
Sim, programas de treinamento são ótimos para ajudar a melhorar a qualidade de vida. Os profissionais sentem-se em evolução e com mais autoconfiança e motivação para desenvolver seus trabalhos.
Investir em cursos, feiras, congressos, workshops e palestras são perfeitos para mostrar ao colaborador o quanto ele é valorizado.
Um dos motivos que podem gerar um mau desempenho profissional, são problemas relacionados a dinheiro e ao estilo de vida do funcionário.
Escolher entre tantas opções de atividades pode parecer difícil, mas, essa sugestão também é muito recomendada para aplicação imediata na corporação.
A educação financeira pode ser feita por meio de palestras, workshops, cursos on-line, entre outros.
Esse deve ser um dos maiores motivos que causam burnout, ansiedade e estresse nos profissionais: jornadas de trabalho longas e exaustivas.
Então, para facilitar a vida da equipe de RH e proporcionar jornadas justas e saudáveis, é necessário um acompanhamento próximo do controle de ponto dos funcionários. Há sistemas de registro de ponto que oferecem relatórios completos e supervisão em tempo real, como todas as opções da GeoVictoria.
Outra sugestão aqui é oferecer mais flexibilidade de horário de trabalho de acordo com o cargo e as funções.
Entenda mais: Gestão do tempo: o que é e 8 maneiras de melhorar a produtividade
Quando se pensa em qualidade de vida no trabalho, muitas vezes os mais antigos na empresa são esquecidos. Por isso, caso sua empresa possua colaboradores que vão se aposentar em breve, é legal pensar em um programa de preparação para a aposentadoria (PPA).
O objetivo dessa ação é preparar o funcionário para viver uma vida plena, leve e positiva após se aposentar.
Pode-se terceirizar esse serviço e criar programas personalizados, como cursos de culinária, filmes motivacionais, indicação de atividade culturais e cursos gratuitos, dinâmicas de grupo, palestras de especialistas sobre o assunto etc.
Os programas de qualidade de vida no trabalho podem ser variados e conversar com todos os perfis de colaboradores. Basta analisar as demandas internas e as possibilidades financeiras da organização e desenvolver atividades eficazes e satisfatórias para todos.
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